O outono se estende de 20 de março a 21 de junho. Com a chegada da estação, “as drásticas mudanças climáticas, como ventos fortes e queda gradual da temperatura, podem impactar negativamente na saúde de cães e gatos, dando início a problemas respiratórios, oftalmológicos e articulares, além do aumento de casos de desidratação e ataques de parasitas, como carrapatos”, afirma Lucas Bonoto, professor do Curso CPT a Distância e Online Como Cuidar e Educar o Seu Cão.
“Os cães com focinho achatado, como os da raça pug, são os que mais sofrem, pois a anatomia do crânio desses animais potencializa a sua exposição a vírus e bactérias, o que resulta em conjuntivites, gripes ou outros problemas mais graves”, afirma Marcello Machado, médico veterinário. O mesmo pode ocorrer com outras raças de cães e gatos, se não forem seguidos os cuidados necessários.
Veja os principais cuidados com os pets no outono
- Proteger os pets com agasalhos e roupinhas, principalmente os animais com pelo curto;
- Dar maior atenção aos animais idosos, mais suscetíveis a doenças crônicas nessa época;
- Garantir aos pets um local quente e aconchegante, com cobertores secos e limpos, colocados na caminha onde dormem;
- Manter o local onde os pets dormem, seco e limpo, para evitar o acúmulo de poeira e ácaros;
- Fornecer aos pets água fresca e limpa, à vontade, para mantê-los hidratados;
- Manter os pets bem nutridos, com ração de qualidade, fornecida em porções diárias, conforme o peso dos animais;
- Garantir que o local onde os pets dormem esteja livre de ventos fortes e chuvas.
Mantenha os pets imunizados
É preciso manter a imunidade dos pets em dia. Para cães, uma das vacinas mais recomendadas é a que imuniza contra Cinomose. Já para gatos, a vacina contra Rinotraqueíte Infecciosa é a mais indicada. Entretanto, antes de tomar qualquer decisão, é indispensável procurar um médico veterinário, para avaliar as condições do pet, principalmente se filhote ou idoso.
Mantenha os pets hidratados
Como a temperatura cai gradualmente, os pets não sentem vontade de beber água. Com isso, muitos se sujeitam à desidratação, especialmente os animais idosos, que permanecem mais tempo sem atividades físicas. Além de deixar água fresca e limpa, sempre disponível aos pets, é importante oferecer outras opções, como alimentos com maior teor de água (cenoura, melão e melancia).
Mude os horários dos passeios
Diferentemente do verão, quando os horários dos passeios são pela manhã e ao fim da tarde; no outono, esses períodos podem ser prejudiciais, devido ao vento frio e à neblina. Uma ótima recomendação é sair com o pet, quando a temperatura estiver mais amena, após as 10 horas ou antes das 17 horas. Assim, os pets ficam felizes e protegidos das temperaturas mais severas.
Problemas mais comuns com a chegada do outono
Problemas articulares
Problemas articulares, como a osteoartrose, são muito comuns tanto em cães como em gatos, particularmente em épocas mais frias. Além desse mal, que pode afetar os pets tanto no outono como no inverno, os problemas na coluna merecem destaque e devem ser relatados ao médico veterinário quando identificados.
Problemas respiratórios
Causados essencialmente por vírus ou bactérias, os problemas respiratórios em animais de estimação apresentam sintomas semelhantes a resfriado ou gripe em humanos. Os mais comuns são: inapetência, febre, coriza, espirros e tosse. Nesse caso, é urgente procurar um médico veterinário para não agravar o quadro de saúde do pet.
Problemas oftalmológicos
No outono, o clima se torna mais seco, pois os ventos fortes levam a umidade do ar. Com isso, as lágrimas, que lubrificam os olhos dos pets, são reduzidas, em especial as dos animais com olhos protuberantes, como os cães da raça pug. A secura do globo ocular torna essa região mais suscetível a vírus e bactérias, que podem causar conjuntivites.
Problemas com parasitas
Com o outono, chega o período de estiagem. Como consequência, as pastagens e o solo se tornam mais secos, favorecendo o aumento populacional de carrapatos. Por isso, é fundamental não expor os bichinhos de estimação a áreas com capim, mato e folhas secas, consideradas focos desses parasitas.
Fonte: Cursos CPT Por Andréa Oliveira.